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26.9.09

mansarda _circolando

Mansarda, em arquitectura, é a janela disposta sobre o telhado de um edifício para iluminar e ventilar seu desvão e, por extensão, o próprio desvão, que pode ser usado como mais um cômodo de uma casa.

O termo mansarda tem origem no nome do arquitecto parisiense François Mansart (1598-1666), que, contrariamente ao senso comum, não inventou este elemento arquitectónico, mas o popularizou inspirando-se em obras italianas anteriores. Seu sobrinho-neto, Jules Hardouin Mansart, deu prestígio à mansarda ao utilizá-la na construção do Palácio de Versalhes.





“Mansarda”, uma criação da Circolando, pretende ser uma súmula das várias ideias de casa abordadas no ciclo temático "Poética da Casa": casas feitas de pele-memória que existem fora do tempo. Casas com raízes e sabor a terra sensíveis ao ciclo das estações. Casas-corpo-árvore, pés mergulhados na terra e cabeça a tocar o céu. Casas com as memórias de um mundo rural antigo, com a lembrança dos campos e dos animais. Casas com os serões de trabalho e festa, com os medos da escuridão e o secreto desejo da viagem. Casas com ninhos prestes a voar. Casas que integram o vento e a chuva e acolhem um sonho de mar. Casas-ilha, casas flutuantes, casas da eternidade. Casas com as paisagens da imensidão.
As linguagens das imagens e das emoções, do corpo, dos objectos, da música voltarão a ser base deste novo manifesto poético que, sem palavras, quer falar da importância da preservação da memória e do devaneio.

Ao longo da vida vamos construindo um sótão-abrigo onde guardamos os nossos sonhos-lembrança fundamentais. As vivências, as histórias, as imagens que fomos retendo para podermos a elas voltar sempre que o desejamos. No fundo, uma casa para o nosso coração. Uma casa que se confunde connosco e sempre nos acompanha.
Velhos, visitamos estes sótãos com raízes numa infância longínqua e fazemos soar livres os fios da memória. Baralhamos a curva do tempo. Caminhamos em direcção aos inícios, vamos para o lugar onde se encontra a morada dos nossos devaneios...

30.5.09

Pinóquio no festival Imaginarius



Gepeto era um carpinteiro que vivia sozinho e sonhava em ter um filho. Um dia, ele decidiu fazer um boneco de madeira, que ganhou vida graças ao seu desejo.

- Serás o filho que eu não tive e vou chamar-te Pinóquio.
Nessa noite, uma Fada Madrinha visitou a oficina de Gepeto e ao tocar Pinóquio com a varinha mágica disse:
- Vou-te dar vida, boneco. Mas, deves ser sempre bom e honesto!

No dia seguinte, Gepeto notou que os seus desejos se tinham tornado realidade. Mandou Pinóquio à escola, acompanhado pelo grilo cantante Pepe.

Pelo caminho encontraram a D. Raposa e a D. Gata.
- Porque vais para a Escola se há por aí tantos lugares bem mais alegres? - perguntou a Raposa.
- Não lhe dês ouvidos! - avisou-o Pepe, o grilo. Mas Pinóquio, para quem tudo era novidade, acabou por dar ouvidos a D. Raposa e conheceu Strombóli, o dono de um teatrinho de marionetas.
- Comigo serás o artista mais famoso do mundo! - sussurrou no ouvido de Pinóquio, o astucioso Strombóli.

O espectáculo começou.
Pinóquio foi a estrela, principalmente pelas suas asneiras, que causaram muitos risos. Os outros bonecos eram espertos, tinham prática, enquanto Pinóquio era trapalhão... Por isso triunfou!
No final do espectáculo Pinóquio quis ir embora, mas Strombóli tinha outros planos.
- Vou prender-te nesta jaula, boneco falante. Vales muito mais do que um diamante!

Por sorte o grilo Pepe correu a avisar a Fada Madrinha, que enviou uma borboleta mágica para salvar Pinóquio.
Quando se recompôs do susto, a borboleta perguntou-lhe aonde vivia.
- Não tenho casa. - respondeu Pinóquio.
A borboleta voltou a fazer-lhe a mesma pergunta, e ele a dar a mesma resposta. Mas, sempre que mentia, o nariz crescia-lhe mais um pouco, pelo que não conseguiu enganar a Borboleta Mágica.
- Não quero este nariz! - soluçou Pinóquio.

- Terás que te portar bem e não mentir! Voltas para casa e vais à Escola. - disse-lhe a Borboleta Mágica.
Ao regressar a casa, Pinóquio foi recebido com muita alegria por Gepeto e passou a portar-se bem.
Algum tempo depois, quando ia para a Escola, voltou a encontrar a Raposa, que o desafiou para a acompanhar à Ilha dos Jogos.

Não resistiu e lá foi com a Raposa. Assim que entrou começaram a crescer-lhe as orelhas e a transformar-se em burro. Aflito, valeu-lhe o grilo Pepe, que lhe disse:
- Anda, Pinóquio. Conheço uma porta secreta...! Não te queres transformar em burro, pois não? Levar-te-iam para um curral!
- Sim, vou contigo, meu amigo.
Ao chegarem a casa encontraram-na vazia. Souberam por uns marinheiros que Gepeto se tinha feito ao mar num bote. Como o grilo Pepe era muito esperto, ensinou Pinóquio a construir uma jangada. Dois dias mais tarde, quando navegavam já longe de terra, avistaram uma baleia.
- Essa baleia vem direita a nós! gritou Pepe.
- É melhor saltarmos para a água!

Mas não se salvaram ... a baleia engoliu-os.
Entretanto, descobriram que no interior da barriga da baleia estava Gepeto, que tinha naufragado durante uma tempestade.
Depois de se terem abraçado, resolveram acender uma fogueira. A baleia espirrou e deitou-os para fora.

- Perdoa-me, papá - suplicou Pinóquio muito arrependido.
E a partir daí mostrou-se tão dedicado e bondoso que a Fada Madrinha, no dia do seu primeiro aniversário, transformou-o num menino de carne e osso ... num menino de verdade.

- Agora tenho um filho verdadeiro! - exclamou Gepeto radiante.

FIM




Depois do espectáculo Imperium dos Furia del Baus, o Pinóquio gigante feito de madeira que andou pelas ruas a espalhar memórias de criança!Pena mesmo foi falhar o espectaculo dos Circolando!