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17.10.11

XVIII ENCONTRO DE DIÁRIOS GRÁFICOS / SKETCHCRAWL MUNDIAL - Viana do Catelo




























Viana fria e congelada
pronta a ser desenhada
sempre sempre especada.

5.10.11

tinariwen, 4 out 2011 vila do conde

 
 
 
 
 
 
 
 
Areia incerta que me bate na face
bate-me com sentido musical
tão vibrante e tão sentimental
bate-me na face e vence
vence-me esse rock do deserto
que tráz musicas ventos e fim certo
o fim em si que é já inicio instrumental.

26.9.11

pic-nic

Jardim da antiga Praça de Touros, Viana do Castelo, setembro 2011

picnicavam gaivotas.
os touros já nao morriam.
eles, humanos comiam croquetes ou galinha.
fugiam.atentavam.
não gosto de gaivotas mamã diziam.
mas comiam.
não gosto de touradas papá.
mas viam.
picnicavam gaivotas.
porque os touros ali já não existiam.

18.9.11

pela "minha" praia...

pela minha praia correm peixes
nao sabem porque mar correm
mas correm
mas sabem bem por onde mergulham
e é naquele canto sem rocha que se encontra o peixe
e a rocha e abate a maré
afinal sabem eles que dizem
aqui AQUI é aonde eu posso mergulhar
aqui é a minha praia
pesquem o que pescarem peixe não é
porque o peixe não anda no mar.




1.9.11

vagueando a beira mar, delirando no final de tarde...

alienada na tarde
conduzo os dedos ao por
sao semelhantes sois,
tocam emborcam planos em que vejo o mar...
contudo é lua e nao sol
é noite e já é dia
vaguia vaguia essa penumbra em que via
a imagem do pensamento
processado no tempo
em que a música nao era musica
era pensamento...














7.11.10

tardes de outono

pautavam as pedras linhas soltas
tocavam e diziam força
batiam desviavam convidavam a ir
notas escorregadias acastanhadas
pelo sol próprio de uma pontuação outonal
em que não raras sao as notas
que se desviam da melodia
caem elas ecoando
agua húmida seria
mas ainda mais ainda
folhas secas no seu leito
escorregam pelo peito
quer ela quer delas
das que agonizam perfeituam
o manto prado
do chão daquele dia

Eva Vieira













http://www.flickr.com/photos/evavieira/

18.6.10

Flew


















Vive corre dança flutua
Dança nesta vida que é tua
Neste sopro que nos percorre
No ar ao vento nos envolve
Descobre cada passo que respiras
Viras inspiras vidas
Na dança do ar
Quebra o corpo
Apropria-te de cada passo
Envolto em ti que rodopia
Vem vento esvoaçante
Sente essa dança errante
Essa sentida paixão de vida!

by Eva

12.6.10

Em todas as ruas te encontro

em todas as ruas te perco

conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura


Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco




Mário Cesariny

12.4.10





















ao olhar para o espelho
percebi quantos eram os defeitos
era um caminho curvilíneo
que no seu conjunto tinha uma forma definida
essa era a forma do meu eu.

by EVA

22.3.10

da ÁGUA

poderia ser pesado o bater do pé na terra
poderia ser quente o bater do vento
ou até mesmo fluido o fogo ardente
poderia ser alguém que não a natureza
se água não existisse
se não existisse leveza
ou se existisse apenas sosinha?

poderia ela não dar sensações
ou nós termos isso tudo num mar dela?
criação mãe tão fecunda esta nossa natureza

nossa...nossa...nossa.

poderia alguém cuidar
ou descuidar-se dela (da água)
se não existisse melhor sensação da então
entrar assim na terra
ardendo que nem fogo
na leveza do ar
invadindo evasivamente
como quando seres se misturam
e criam natureza?

by eva

21.3.10

porque hoje é dia da POESIA e da ÁRVORE fiz isto...


pardil sem til
gato sem tacto

no sentido da vida
correm as palavras na seiva
nascem abruptos pensamentos
e que não é a vida senão uma árvore com sentido
ou uma seiva com palavras?

é um pardal banal
um gato com olfacto

no sentido da vida
correm palavras na seiva
e que não é a vida uma árvore com palavras
ou uma seiva com sentido?