voa se mente
1.9.13
26.11.12
Portugal está por uma Lotaria!
E deste modo instintivamente decidi participar em mais um concurso. Um destes organizados nem se sabe bem porque...se para incentivar novos jovens criadores, e investirem tanto ou quanta quantia não só numa opção mas terem a mais variada escolha e oferta criativa possível deste país desempregado. Desempregado e criativo sim!Tudo em busca de um futuro melhor. Quantos foram os que participei pelo simples gosto de desenhar, no sentido de me ver crescer no que gosto de fazer. Propostas bem solucionadas, entre muitas. Propostas mais ou menos sentimentais. Mas aqui vai a minha que pela primeira vez me chamo imigrante e assim retrato o que de tanto ouvia falar ter saudades!
Podem ver em pormenor aqui
http://www.lotariaaportuguesa.pt/galeria/1054
E desde já felicito a excelente organização deste concurso, imagem e funcionamento do site.Até Dezembro serão selecionadas pelo júri 20 propostas das quais irão a votos nas redes sociais.
9.10.12
Saudades: já chorei em aeroportos ao deixar quem não queria ver partir
Estou no autocarro a caminho de casa dos meus pais. Até aqui apanhei um taxi, um metro, um comboio, um avião, outro taxi e agora este autocarro. Numa das paragens vejo um filho ser recebido com gritos pela família, o pai a esfregar-lhe a barriga, o irmão a gargalhar e a mãe com os braços muito abertos. Sei imediatamente que ele vem de longe, como eu, de uma distância que não se pode atravessar sempre que se quer, uma distância que nos impede de pertencer à rotina.
Lembro a minha primeira grande despedida, há quase 4 anos. No aeroporto, entre família e amigos, aguentei com um nó na garganta as lágrimas alheias e percebi que a felicidade está directamente ligada ao amor destas pessoas que a vida fez o favor de colocar ao meu lado, pessoas que me amam e ao mesmo tempo compreendem que tenho de ir.
Desde então já vivi muitos reencontros e muitas despedidas, já chorei em aeroportos ao deixar quem não queria ver partir, já fui só abraços e alegria, e já vivi a solidão de chegar a sítios onde ninguém me espera. Enquanto eu transito, estas pessoas aguardam na repetição dos dias que a minha chegada os torne um bocadinho mais cheios.
A caminho, penso no conforto estrutural e inabalável do quotidiano, que a minha ausência não faz colapsar. Um sítio-amor a que posso voltar sempre, e onde sinto que nunca fui embora. Estou constantemente em dívida, de arma em riste contra a ausência, e ainda assim falho, porque não consigo melhor.
Chego pelo mesmo caminho de sempre, de que conheço todas as curvas e cruzamentos. Adivinho o sorriso e o abraço apertado, abraço por todos os abraços que ficaram por dar hoje, esta semana, este mês. Antecipo o cheiro a jantar, o ruído da televisão na sala, os desenhos da toalha na mesa. Sei de cor como será a minha chegada, de tantas vezes que a vivi. Sei-a tão bem que me parece sempre a mesma, uma eterna chegada a uns braços abertos.
A saudade, que só se tem em ausência, é ainda assim um saco que nunca se esvazia, mesmo quando estamos juntos todos os dias, porque são dias contados. Nunca poderei devolver a quem amo os dias que lhes retirei. Posso só tentar que os que partilhamos sejam grandes. Posso só ser mais amor, tentar ser menos falha, e pedir com a humildade da minha pequenez que a vida me permita dar-lhes muito mais.
texto de Sónia Balacó in P3
6.10.12
Bratapfel "desfeita"
E hoje foi o meu primeiro jantar oficialmente de comida alemã!
Depois de uns bifinhos enrolados com cebola, creio que roulade de boeuf muito saborosos e que me fizeram vagamente lembrar a nossa morcela, acompanhados com um rolinho que ainda vou descobrir o nome que normalmente é feito de batata e pão. Para aconchegar o dia acabamos com esta deliciosa sobremesa quentinha feita de maçãs lá do cantinho de campo que temos misturado com frutinhos secos saborosos apanhados num meio dia quase chuvoso.
4.9.12
ainda a propósito do poema "da água"
eva from MIGUELFILGUEIRAS on Vimeo.
SKETCHLAB / Experimental Video
inspired by the poem
inspired by the poem
da Agua
poderia ser pesado o bater do pé na terra
poderia ser quente o bater do vento
ou até mesmo fluido o fogo ardente
poderia ser alguém que não a natureza
se água não existisse
se não existisse leveza
ou se existisse apenas sosinha?
poderia ser quente o bater do vento
ou até mesmo fluido o fogo ardente
poderia ser alguém que não a natureza
se água não existisse
se não existisse leveza
ou se existisse apenas sosinha?
poderia ela não dar sensações
ou nós termos isso tudo num mar dela?
criação mãe tão fecunda esta nossa natureza
ou nós termos isso tudo num mar dela?
criação mãe tão fecunda esta nossa natureza
nossa...nossa...nossa.
poderia alguém cuidar
ou descuidar-se dela (da água)
se não existisse melhor sensação da então
entrar assim na terra
ardendo que nem fogo
na leveza do ar
invadindo evasivamente
como quando seres se misturam
e criam natureza?
ou descuidar-se dela (da água)
se não existisse melhor sensação da então
entrar assim na terra
ardendo que nem fogo
na leveza do ar
invadindo evasivamente
como quando seres se misturam
e criam natureza?
Eva Vieira
29.8.12
a tourada da vida não se esquece
o esquecimento por vezes ocupa-me o vazio.
tão vazio que o preenche com tanto querer saber do que o preenchia. E assim meses e dias se passaram... 5!
Esqueci-me do código. sem salvação inacessivel. estava ali virtualmente algo meu que jamais iria aceder novamente. morrera o blog. culpa do facebook?
ou então tantas mudanças em 3 meses de vida nos ARREBITA!Porto (que dessa experiencia nada AINDA aqui coloquei).
Volto hoje a pedido (obrigada Nuno) e falado com uma animação sobre a Tourada.
E a minha vida é uma tourada. Lutando a favor da vida e com ela todos os dias com forças que o destino governa. Governa jugosamente e me braveia. Congratula-me com crescimento e maturidade. (Obrigada Miguel) Com tristeza. com alegria. embora jucosamente a frase que me tem marcado mais nestes dias seja apenas esta:
Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.
Dalai Lama (obrigada Ana)
Hoje sou um Touro. Amanha espero ser espetactadora da tourada da vida. Embora sofra do mesmo entusiasmo de saber que todos vamos morrer. Obrigada a todos os meus amigos, aos que foram, aos que virão aos que são.
tão vazio que o preenche com tanto querer saber do que o preenchia. E assim meses e dias se passaram... 5!
Esqueci-me do código. sem salvação inacessivel. estava ali virtualmente algo meu que jamais iria aceder novamente. morrera o blog. culpa do facebook?
ou então tantas mudanças em 3 meses de vida nos ARREBITA!Porto (que dessa experiencia nada AINDA aqui coloquei).
Volto hoje a pedido (obrigada Nuno) e falado com uma animação sobre a Tourada.
E a minha vida é uma tourada. Lutando a favor da vida e com ela todos os dias com forças que o destino governa. Governa jugosamente e me braveia. Congratula-me com crescimento e maturidade. (Obrigada Miguel) Com tristeza. com alegria. embora jucosamente a frase que me tem marcado mais nestes dias seja apenas esta:
Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.
Dalai Lama (obrigada Ana)
Hoje sou um Touro. Amanha espero ser espetactadora da tourada da vida. Embora sofra do mesmo entusiasmo de saber que todos vamos morrer. Obrigada a todos os meus amigos, aos que foram, aos que virão aos que são.
8.3.12
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
...
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
(Fernando Pessoa"s")
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
...
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
(Fernando Pessoa"s")
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